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Igreja Colegiada de S. Cristóvão - II



Nesta “renderização”, realizada pelo Simão Vilas Boas, a quem muito agradecemos, podemos ver como seria aproximadamente a atmosfera interior da Igreja.

A igreja é descrita por Joaquim da Silva Pereira, em “Coimbra Gloriosa”: “[…] Tem a capella-mór ao nascente, porta principal ao poente, travessa ao sul. Tem o templo 60 palmos de alto, 115 de comprimento e 58 de largo, obra toscana e de três naves, fabricada de pedra e cale de abóbada, a qual se segura sobre três columnas de cada parte e por todas são seis. Tem o coro quatorze cadeiras com suficiente claridade provinda de oito frestas, entre ellas cinco que foram abertas no anno de 1754… também lhe foi posta no mesmo anno uma cruz de pedra no tecto da egreja ficando arvorada para o poente. N’este tempo foram extrahidas do frontispício várias carrancas de pedra […]”

As colunas de S. Cristóvão eram “de um só corpo” e coroadas por capiteis modelados pelos da Sé (Velha) e a cada uma das três naves correspondia um altar em forma de semicírculo provavelmente da construção primitiva. Também as paredes eram guarnecidas de ameias, como as do templo referido.

Quando se fez a demolição apareceu pela parte anterior, junto da porta, um subterrâneo com forma análoga à da igreja, mas em ponto mais pequeno (a pontilhado na planta), que se supõe ter sido uma cripta. Nas paredes havia vestígios de pinturas a fresco. Dois grandes pedestais de alvenaria, quadrangulares, serviam de apoio às duas colunas do templo que se localizavam nesta parte. Também a Sé de Lisboa tinha um subterrâneo semelhante.

As semelhanças arquitetónicas da igreja de S. Cristóvão e da Sé podem fazer pressupor terem sido obra do mesmo arquiteto ou, pelo menos, de artistas contemporâneos, da mesma escola.

(PEREIRA, Joaquim da Silva, Coimbra Gloriosa, 1783)

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