A TORRE DE MENAGEM OU TORRE DA CISTERNA
Em escavações levadas a cabo em 2008, verificou-se que ainda existe parte das fundações da Torre de Menagem do Castelo, o que seria previsível pois nas obras levadas a cabo aquando da construção da cidade universitária, em todos os pontos onde as cotas finais previam uma escavação, ela não ultrapassou os 0.30m abaixo do nível do projectado. Exceptuam-se as zonas onde se previa a construção de imóveis e, sobretudo, aquelas onde assentariam os alicerces de grandes edifícios, como o da FCTUC, bem como algumas infra-estruturas urbanas. Mas, quando se tratou de aterros sem edificações, nesse caso o sub-solo terá ficado praticamente intocado desde que as novas cotas permitissem a instalação das referidas infraestruturas. Uma sondagem geotécnica indicou a quase ausência de aterro na área central do Largo de D. Dinis, ou seja, no ponto que deveria ser o mais elevado do Castelo e onde se encontrava a Torre de Menagem.
A Torre de Menagem terá sido concluída no tempo de D. Afonso Henriques com planta quadrada, uma cisterna no meio e, em 2008, a sua base ainda se encontrava preservada ao nível das fundações. Tratava-se de uma torre de planta quadrada, medindo-se, nos desenhos pombalinos 16.19m de lado e 21.65m de altura do terreno confinante a norte até ao topo das ameias.
Começou a ser demolida, em 1773, junto com outros troços e elementos do Castelo, mas, mesmo assim, chegou ao séc. XX com cerca de um terço da altura. As escavações de 2008 não mostraram a totalidade das existências que se previa estarem no local, mas escavações e prospecções, futuras, poderão aperfeiçoar, ainda, o conhecimento actual do Castelo de Coimbra.
A torre de menagem, normalmente o último reduto defensivo de um castelo, possuía uma porta bem elevada e era acedida por uma escada de madeira, facilmente removida para dificultar o acesso dos invasores.
(Cap. 8.1.2. em https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/31013 )
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